segunda-feira, 12 de março de 2012

Ou é parvo ou é artista... a fazer a cama!

de volta à vossa companhia (ciberneticamente falando) trago até vós, o processo quase simples de montagem daquele que será o meu leito para os próximos 3 anos. Agora a parte interessante: o processo de que vos falo está 'ilustrado' naquela que é já a minha 1ª curta-metragem. 1min e 2 seg à Manoel De Oliveira, ou seja, sem a utilização do Zoom. 


O Futuro e 'mais tempo' trarão melhores, por isso...

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VOLTEM SEMPRE

quinta-feira, 8 de março de 2012

agora a sério sobre... as mulheres e o que lhes é devido


É maravilhoso quando as Mulheres da nossa Vida são Mulheres de sonho, sei do que falo por experiência... e melhor ainda, é quando as mulheres dos nossos sonhos não aparecem na nossa Vida, evitando assim problemas com parte substancial do primeiro grupo, extrapolo eu, sem experiência!

recomenda-se a utilização desta banda sonora enquanto se lê o seguinte retalho literário de sentido agradecimento às MULHERES! depois do 'play' é bem a sério!



«Um dia, já lá vão + de 8 anos, chamei cor à poesia, esta não ficou ofendida e ainda fui agraciado, por esse insulto, com um livro que ainda não li. Hoje eu sei que parte do que me vai colorindo a Vida, tem tons suaves de Amor forte, e um olhar que prescinde de maquilhagem para me colorir o dia, sei também que podia alongar-me nas figura de estilo sem fugir à verdade, porém é mais simples apontar o óbvio: a Mulher é essa poesia que um dia chamei cor ou cor que pensava ser poesia.
Bem… em suma, a Mulher impede uma Vida monocromática e eu queria agradecer-lhe por isso!

OBRIGADO meninas/mulheres da minha Vida!»



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VOLTEM SEMPRE ...para trás se ficou algo por agradecer

quarta-feira, 7 de março de 2012

conto real ''A adopção de Esmaltina II''

Neste 'post', que podia muito bem ser o "nota jornalística... dia 2", vou falar-vos ao coração partilhando o momento de compra da sucessora da Esmaltina. Sendo esta primeira bicicleta, a rainha, a sucessora será Esmaltina II - a princesa!

Como toda a família real, esta é também cheia de histórias e contos. O que vos conto a seguir é o momento em que Esmaltina II é adoptada por mim.

«Estava frio e a chuva gelava-me a epiderme, ao mesmo tempo que o vento o fazia com os ossos. Abeirei-me da loja de bicicletas onde já havia estado nem 24h antes, espreitei através da montra e parecia como de costume, vazia. Verifiquei na porta os horários escritos à mão no verso de talões do supermercado, e sem perceber 'corno' do que lá estava escrito, levei a mão ao puxador da porta e não fui capaz de puxar, não sem antes olhar em volta e perceber que estava sozinho, puxei então com relativa intensidade e fui aumentando a força que imprimia àquela acção. Antes mesmo que o cansaço me derrotasse, parei um breve instante e decidi empurrar: a porta abriu-se à minha frente; e um estridente tilintar anunciou de forma pouco discreta a minha presença ali e eu entrei.
Ao ultrapassar a ombreira da porta senti um calafrio, não havia ar condicionado, era naqueles dias uma raridade. A loja estendia-se por cerca de 20 metros num corredor ladeado por bicicletas de todos os tamanhos perfiladas como se fossem escuteiros de várias idades, o corredor ia dar a um espaço mais amplo com um biombo verde, não se via vivalma, porém ouvia-se qualquer coisa.
Dei 5 passos a medo em direcção ao biombo e a porta fechou-se nas minhas costas reproduzindo o som que antes me anunciara, naquele instante olhei para trás por impulso e quando voltei de novo a face para a frente, ouvi um conjunto de vocábulos indecifráveis...  e lá estava ele, o corpulento e provável irmão de Steven Seagal. Sempre tive por certo o grau próximo de parentesco entre o dono da loja e a estrela sexagenária de Hollywood. 
Lembrei-me então de que no dia anterior eu havia lá estado por 5 minutos, tendo saído, fulminado pelo olhar de Mr. Seagal, mas ainda assim, com a mesma quantidade de riqueza e integridade física com que havia entrado. Soube naquele momento que isso não se iria repetir. Apontei com voz e mão trémulas para a 1ª bicicleta que a minha mente conseguiu individualizar naquele conturbado instante, tive a sensação que Mr. Seagal olhava para outra dimensão, todavia abeirou-se da bicicleta que eu apontara e elevando-a à altura dos ombros entregou-ma em mãos.
Ao sentir o toque de Esmaltina II soube que não havia volta a dar e soube que seria aquela, também é verdade que de outra forma a minha integridade física estaria amplamente ameaçada. Após a troca prosaica do vil metal pela Esmaltina II, montei-me no seu Selim preso pelas pontas de tão subido que estava e despedimo-nos ambos daquela masmorra em direcção à nossa casa provisória. Chegados a casa foi tempo de um momento dolorosamente necessário: prendi-a pelo tronco a uma cerca onde - estou certo - ela me esperará noite fora.»
Fim (por hoje)
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nota jornalística... dia 1

Há coisas que não mudam. Assim sendo, hoje, munido da mesma falta de noção para as temperaturas (envergando apenas uma T-shirt num quarto 1,5ºC acima do que se fazia sentir ontem) e alimentado pela ideia poética de que a minha vida de emigrante é interessante e por isso interessa (que é mesmo assim) ao caro leitor, eu encetarei, algo a que gosto de chamar resumo, mas que de facto apenas sumaria um conjunto de temas e/ou tópicos relevantes. Fá-lo-ei em registo de relato jornalístico dos acontecimentos.
Hoje foi dia de visitar a WETSUS e saber da 'casa nova' no nº48 da Valeriusstraat, não sem antes tentar, sem sucesso, o registo como habitante local na Câmara local, foi pena só me ter ocorrido à saída: - da mesma forma que para ser desportista é preciso praticar desporto, também para se ser habitante, seja lá donde for, é preciso ter aí habitação, pelo menos no plano da papelada.
Com efeito, a deslocação para a WETSUS fez-se ainda na clandestinidade e rapidamente por meio de pés.


A decisão sobre a compra de uma bicicleta seria muito fácil, porém a escolha da sucessora para a esmaltina (lado esq. da figura à dir.) é uma tarefa delicada e requer tempo, pelo que tenho andado bastante a pé. Quem sabe amanhã não surge uma sucessora à 'altura'?


Fui então confrontado com a informação de que a (requerida) habitação não estaria disponível antes de sexta-feira. ao que respondi interiormente: "- bonito serviço!" Fui também informado, na minha pesquisa por serviços de internet, que esta me vai pontapear ostensivamente a cabeça no final de cada mês! (atentem na figura de estilo aplicada ao queixume básico sobre contas)

Nem  tudo são noticias más/ violentas, já tenho um espaço de trabalho teórico, que na prática consiste numa mesa com um computador e espaço... muito espaço para espalhar papeis e ciência, mais a primeira que a segunda - prevejo eu, tragicamente.

O jantar foi escolhido com os seguintes requisitos: tem que ser 'preparável' no microondas; e tem de ter menos de 5% (em área) de tonalidades verdes.
lado positivo - foi fácil escolher
lado negativo - foi difícil encontrar
moral - arroz mediterrâneo de sabor holandês e embalagem tipo comida asiática, de comer e esperar por mais.





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segunda-feira, 5 de março de 2012

nota jornalística... dia 0


Acabo de chegar, tive a investigar e pelo que pude apurar, tudo indica que me localizo em LEEUWARDEN, a capital da Frislândia, que é por sua vez uma região do norte da Holanda!

Aparentemente estou bem e já me encontro provisoriamente instalado após uma descontraída caminhada de 20 a 30 min que só não foi de recreio por motivos de carregamento de malas!
A meteorologia ajudou: a chuva segurou-se agarrada às nuvens cinzentas, enquanto eu lhe passava por baixo e as temperaturas não se apresentam obscenamente baixas como é usual por terras planas de sua majestade a rainha Beatriz Wilhelmina Armgard.
Contudo os 18ºC do meu quarto no Kia Ora (uma espécie de hotel, gentil e luxuosamente cedido pela WETSUS, por 5 noites) mostram-se reduzidos se levarmos em linha de conta a minha vontade de envergar uma T-shirt. com efeito estou a sentir as mãos frias, com tendência para piorar. pelo que vou tratar desse assunto com a maior brevidade.




Estreia assim uma nova rubrica: a 'nota jornalística' que apresenta um potencial de frequência de actualização a roçar o diário: com efeito tem tudo para ser espectacular, menos o facto de eu possuir preguiça.
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